Canal Áwùre difunde materiais sobre combate ao racismo e à intolerância religiosa

Brasília – Apresentar a realidade de povos indígenas, negros, quilombolas e de praticantes das religiões de matriz africana, como forma de combater a discriminação, a intolerância e o racismo. Esse é o propósito do Canal Áwùre, uma iniciativa viabilizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), por meio de reversão de recursos, juntamente com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Lançada em novembro de 2019 durante o Simpósio Internacional “Da ancestralidade a futuro”, o projeto reúne e produz materiais dentro desta temática. Os conteúdos podem ser acessados no site do projeto (https://awure.com.br/) e nas páginas do canal no Facebook e no Instagram. Lá podem ser encontrados artigos, produtos audiovisuais, notícias, entre outros materiais.

O canal já publicou 36 filmes, que somam mais de 73.998 visualizações no YouTube. Os produtos buscam o reconhecimento dessas populações, a denúncia e o fortalecimento da identidade dessas comunidades. Ao mostrar as práticas cotidianas desses grupos, apresentar a suas riquezas, sua organização e sua cultura promove-se a redução da discriminação e da exclusão dessas populações.

Simpósio – De 5 a 8 de novembro de 2019, o Simpósio Internacional “Indígena, Negro(a), Quilombola, Religioso(a) de Matriz Africana: Da Ancestralidade ao Futuro” debateu os desafios para a superação de estigmas étnico-raciais, de gênero e religiosos que são enfrentados pelos povos indígenas, população negra, quilombola e religiosos de matriz africana, no país e no mundo.

Com participação de cerca de 100 autoridades, pesquisadores e especialistas do Brasil e do exterior, o simpósio foi uma realização do MPT e da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU), com o apoio da OIT, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), da Escola Nacional de Aperfeiçoamento da Magistratura Trabalhista (Enamat), do Coletivo de Entidades Negras (CEN) e da Rádio Yandê, primeira rádio indígena web do Brasil.

O Canal Áwùre realizou mais de 14 horas de cobertura ao vivo do evento, e garantiu conteúdo exclusivo com personalidades e autoridades como Martin Hanh, diretor do escritório da OIT no Brasil, Elisa Lucinda, atriz, poetisa e jornalista, Alberto Balazeiro, Procurador Geral do Trabalho, as irmãs Shanenawas, lideranças indígenas do Acre.

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