MPT-ES realiza mediação com os rodoviários nesta terça-feira

Audiência tentou viabilizar um acordo, mas faltou a participação do governo do Estado para avançar nas negociações

 

Na manhã desta terça-feira, dia 3 de maio, o procurador-chefe do MPT, Estanislau Tallon Bozi, reuniu-se com representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários), do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Setpes) e do Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBUS), a Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV), com o objetivo de impedir a deflagração da greve de ônibus, prevista para esta quarta-feira. Foram elaboradas algumas propostas que serão encaminhas para a categoria decidir.

O procurador-chefe fez uma série de sugestões para coibir os atos de violência ou depredação do patrimônio público ou privado. Entre elas estão a criação de uma delegacia especializada ou a atribuição de uma delegacia para atuação nos casos de violência no transporte público; a criação de um comitê formado pelo Estado, Ceturb, sindicatos, polícias e guardas municipais para discussão de melhorias; e o planejamento de ações policiais, com abordagens nos ônibus e nas paradas.

O Presidente do Sindicato, Carlos Roberto Louzada, o Maguila, informou que apesar dos transtornos que serão causados à população com a greve, o que se pretende é uma negociação com o Estado, a fim de melhorar a segurança no transporte público, tendo em vista o aumento da violência, atingindo os trabalhadores e a população em geral. “Nós saímos para trabalhar e não sabemos se voltamos, por falta de segurança”, declarou o representante do sindicato.

Por outro lado, o presidente da Ceturb, Alex Mariano, mencionou que estão sendo organizadas diversas ações com o intuito de intensificar a segurança pública, e se mostrou muito preocupado com a greve. “Estamos cientes dos nossos desafios. Temos de avançar cada vez mais. No entanto, queremos pedir a reconsideração por parte do sindicato”, afirmou.

Estanislau Tallon Bozi questionou a duração da greve e ressaltou a necessidade de se buscar uma solução rápida para o caso, já que o Dia das Mães se aproxima.   “Se a greve se prolongar no tempo, vai causar um prejuízo enorme ao comércio”, explicou. Dessa forma, além de atingir a população, irá prejudicar outra categoria profissional.

Sem acordo

Os representantes não chegaram a um acordo, contudo foram elaboradas três propostas aos rodoviários, que serão encaminhadas para a categoria deliberar na reunião desta quarta-feira, marcada para as 6h da manhã. A Ceturb e os sindicatos patronais propuseram a suspensão do movimento paredista com início imediato das negociações. Já o MPT propôs a manutenção de 65% da frota. E, por fim, o sindicato dos trabalhadores, em atendimento à solicitação do órgão ministerial, reafirmou a possibilidade de operar com 50% da frota nos horários de pico e de 30% nos demais horários.

As negociações poderiam ter avançado se houvesse a participação da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp).  Para buscar uma solução às reivindicações da categoria, o presidente da Ceturb informou que a Companhia convocará a reunião do fórum de discussão sobre segurança pública no transporte público de passageiros na tarde de hoje. 

 

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