Palestra sobre assédio moral é realizada na PRT17

O evento teve como objetivo promover uma reflexão sobre a importância das relações interpessoais, da promoção de um ambiente positivo e ainda da melhoria das ações institucionais.

Em virtude do Dia do Servidor, a Procuradoria Regional do Trabalho da 17ª Região (PRT17) junto com a Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, Sexual e da Discriminação, realizaram a palestra “Psicodinâmica do trabalho – Assédio moral: uma violência invisível que precisa ser combatida”, ministrada pela professora e doutoranda em Direito, Karina Uchôa.

A palestra contou com a presença de procuradores do Trabalho, servidores e terceirizados interessados acerca de temas que envolvem as atividades no dia a dia.  Diversos assuntos foram apresentados como objetivo de explicar questões do trabalho, tais como: trabalho é sinônimo de castigo?; o que é Síndrome de Burnout?; o que é presenteísmo?; Assédio Moral e desemprego; Assédio Moral e preconceito, entre outros.

Para o procurador-chefe Valério Soares Heringer, a importância do evento foi a de levar explicações a todos aqueles que estão envolvidos no trabalho, no dia a dia das empresas, bem como nos órgãos públicos. “A palestra de hoje é um tema que, para nós, é muito importante. É um assunto que, a cada dia que passa, vem se tornando crucial nas organizações sejam elas públicas ou privadas, que é a matéria relacionada ao assédio moral”, afirmou.

O assédio moral surge de práticas de repetidas vezes no local de trabalho, que resulta em situações humilhantes e, sobretudo, constrangedoras às vítimas, levando-as ao isolamento e adoecimentos.  O assédio ocorre geralmente quando há alguma exposição da vítima ao ridículo perante aos colegas, com tratamento mais rígidos, atribuição de tarefas que as inferiorizam, entre outras formas.

A melhor maneira é a denúncia em relação ao assédio moral. Quando se é trabalhada a questão da denúncia, há a possibilidade de disseminação da prevenção.  “A melhor forma de trabalhar o assédio moral é com a prevenção, porque punir, pensar na forma de pagamento de multa, isso são penas que vêm no sentido de dar um acesso maior para o indivíduo ter uma resposta para o sofrimento dele. Mas é uma pergunta que nós fazemos: quanto vale o sofrimento humano? Ou seja, se você pudesse quantificar isso, qual seria esse número? E, se não há resposta, é porque temos que procurar outros mecanismos. E a denúncia é efetivamente a melhor forma”, explicou Karina.

Comissão

A Procuradoria-Geral do Trabalho (PGT) decidiu criar a Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, Sexual e da Discriminação no âmbito do Ministério Público do Trabalho para tratar questões internas, no intuito de que o órgão lide e investigue, da mesma maneira que faz com as empresas, em relação aos seus empregados. Além disso, a comissão lançou um regimento interno da PGT, que serve para as regionais. E, agora, no Dia do Servidor, foi lançando um manual sobre essa atuação.

No estado do Espírito Santo, a comissão é composta pelas procuradoras do Trabalho Daniele Corrêa Santa Catarina e Renata Ventorim Vago, pela representante de Divisão de Gestão de Pessoas, Renata Avancini Tonini, e pelo Rogers Oliveira Porfirio, representante dos servidores.

O próprio regimento interno prevê, também, como uma das formas de atuação da comissão a recomendação para a realização de treinamento nas áreas de relações interpessoais e lideranças. Com isso, essa comissão está à disposição de todos tanto para ouvir quanto para receber sugestões para melhoria do ambiente de trabalho e, também, para receber eventual denúncia.

 

 

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